Tópicos Aula 02
Aqui estão os tópicos da aula passada, de maneira mais clara.
Agradeço pelas sugestões que tem me dado pra que a disciplina esteja mais de acordo com o que vocês pretendem. Com o material em mãos as coisas fluirão melhor de agora em diante.
No final de semana vou postar alguns exercícios sobre os tópicos a seguir. Clique em "LEIA MAIS" para acessá-los.
Abarço e bom final de semana!
Mecanismos econômicos da colonização portuguesa no Brasil nos séculos XVII e XVIII
(Compreendem as ferramentas utilizadas nos primeiros dois séculos da colônia: 1530-1700)
- Absolutismo, um modelo de Estado centralizado com base na justificativa do poder do rei
- Mercantilismo: Conjunto de práticas econômicas, notadamente...
- Manutenção de um Estado forte, a fim de controlar e fazer valer as disposições do Pacto Colonial.
- Metalismo, o acúmulo de metais preciosos, que são reservas de valor aceitas na Ásia e na África, com os quais os europeus farão comércio.
- A maior entrada do que saída de riquezas do país através de um saldo exportador maior do que o importador, isto é, manter uma Balança Comercial Favorável.
- Monopólio sobre os recursos e o comércio oriundos das colônias na América, propriedades que pudesse defender do interesse de outros europeus.
- Pacto Colonial: expressão desse monopólio pretendido, segundo o qual a colônia...
- Deve complementar a metrópole com os produtos que esta não produz e necessita ou tem interesse em revender na Europa.
- Deve comprar apenas produtos oriundos da Metrópole. No caso, esta adquire-os através do comércio (por exemplo, Portugal importava produtos têxteis da Inglaterra) e os revende às colônias, obtendo lucro.
- Submete-se à administração militar, política e econômica da Metrópole.
O "pacto" colonial recebe esse nome eufemisticamente, pois não consituti numa vantagem para a América no contexto de sua inserção em um contexto global, sendo imposto através da "cruz e da espada", ou seja, da força militar e da justificativa da fé. Este pacto caracteriza as colônias de Exploração, a extrema maioria delas.
- Colônias de Exploração: Fazendas voltadas para o complemento da economia da metrópole com grandes volumes de produto agrícola, cultivados com mão-de-obra servil ou escrava em grandes propriedades.
- Colônias de Povoamento: Núcleos populacionais cuja produção era voltada para o mercado interno, sob um regime de mão-de-obra livre e pequenas propriedades, com o detalhe de também serem obrigados a comercializar com a metrópole.
Obs: Nem todas as colônias de exploração serão totalmente semelhantes. Por exemplo, a mão-de-obra indígena foi mais utilizada na América Espanhola, através do regime da mita, onde os índios eram rudimentarmente remunerados pela exploração de metais. No Brasil, os indíos serão mais ativos nas guerras entre nações européias, resistindo ao conceito de trabalho e sendo vítimas de genocídio, sendo a mão-de-obra escrava um substituto lucrativo para o problema da mão-de-obra.
Formação da Sociedade Colonial
Modelo de colonização:
- Arrendamento da terra, ou cessão das Capitanias Hereditárias pelo rei à nobres lusos.
- Esses nobres tinham o dever de constituir núcleos de colonização agrícola e aldear ou combater índios.
- Também possuíam o direito de criar e nomear cargos e julgar os colonos como quiser, inclusive podendo puni-los com a morte.
- Podiam ainda, através do sistema de sesmarias, sublocar a terra a outros, cobrando tributos.
- Semelhante ao modelo medieval de suserania e vassalagem e do feudalismo em si.
- Muitos dos capitães não se interessaram pela terra doada, devido ao alto custo do investimento. Com isso, a maior parte dos núcleos de colonização sofreu ataques dos índios e ficou abandonado. Apenas as capitanias de Pernambuco e São Vicente prosperaram de início.
A metrópole nesse contexto:
- Ficava responsável apenas pelo patrulhamento da costa e eventual combate aos índios.
- Com o fracasso da maior parte dos empreendimentos privados de colonização, o Estado luso cria o Governo Geral em Salvador, a fim de:
- Combater os índios hostis e defender as colônias do ataque de piratas europeus.
- Conferir estabilidade e auxílio para os núcleos urbanos em formação.
- Atrair o capital estrangeiro, notadamente holandês, para o investimento nas fazendas e na venda e refino de seus produtos.
Esse cenário vai possibilitar a implantação de um modelo conhecido como plantation, baseado em:
- Plantação em larga escala
- Grandes latifúndios
- Interesse na exportação
- Monocultura
Ou seja, esse modelo vai possibilitar a maximização dos lucros da colônia seguindo o Pacto Colonial. Na próxima aula veremos quais variedades Portugal vai fomentar a exploração uma de cada vez, começando com a cana-de-açúcar, que tinha despertava grande interesse na Europa, e como vai se formar a sociedade em torno dessas culturas.
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